The American Dreams
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Suíte de Eden

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Mensagem por Secret Qui 15 Ago - 15:57:00

Suíte de Eden
O quarto da mais nova das Von Helling tem por base cores neutras e mobiliário jovem. Por norma, ele está sempre desarrumado e com a cama por fazer. Eden reserva um canto para a sua prática de violão, ao qual deve grande parte do seu tempo. Uma prateleira irreverente branca e com uma forma de uma escada é onde ela guarda os seus pertences, nomeadamente CDs de bandas de rock e heavy metal. As suas roupas são deixadas aleatoriamente por todo o cômodo, em prateleiras, na própria cama, em caixas, ou mesmo no chão. Para além disso, a garota conta com um computador mesmo em frente a uma das duas janelas retangulares, onde se informa das novidades de toda a elite de New York.
Banheiro: AQUI


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Suíte de Eden Empty Re: Suíte de Eden

Mensagem por Eden Von Helling Sex 16 Ago - 10:03:39

I hate what I've become.
just a piece of human trash.


Cheguei por fim a casa, já sem forças. Não me atrevi a chamar o nome de Emily, que naquele momento devia estar a odiar-me, por ter desaparecido durante uma noite, sem aviso algum. Nem sabia se ela estava presente, portanto apenas caminhei com pés de lã, com uma esperança de que ela não me ouvisse, se estivesse lá. Cheguei ao meu quarto, intocável, desarrumado e uma confusão, como sempre. O meu primeiro pensamento foi trancar a porta, e assim fiz, verificando vezes irracionais e nervosas se estava bem fechada. Depois disso, encaminhei-me ao banheiro preto e branco, relaxante e sempre um aroma sereno e purificante. Ao contrário do anterior cômodo, este era arrumado e limpo, parecendo pertencer a alguma outra pessoa que não a mim.

Retirei as roupas imundas e mal-cheirosas, colocando-as de seguida nos lavatórios, sem cuidado algum. O meu corpo sem roupa tinha alguns grãos de areia colados, que por vezes se descolavam da pele e caiam no chão negro, silenciosa, mas ao mesmo tempo ruidosamente. Cada uma daquelas quedas de pequeníssimos minerais no chão, ressoava de uma forma barulhenta aos meus ouvidos, como se fossem um lembrador dos anos de vida que eu podia perder, ao consumir drogas. A imagem que estava refletida no espelho não era a minha, era de alguma outra pessoa, uma outra Eden. Eu odiava no que me havia tornado, uma fraca, rejeitada, que se via ao espelho completamente nua e não se reconhecia, no meio de tanto horror e vergonha. Então, uma pequena lágrima escorreu do meu olho olho direito, e mais se seguiram, porque um mal nunca vem só. Comecei a soluçar e entrei na banheira, que entretanto ficara cheia de água quente, enquanto chorava.

Deitei-me, encostei a cabeça para trás. Então... e se eu mergulhasse? Poderia tudo terminar. Uns meros segundos e todos os problemas deixaria de existir, podia ficar em paz. Sem droga, sem rejeições, sem rebaixamentos, sem nada de nada. Fechar os olhos, não os abrir mais, dizer adeus a tudo. Um impulso controlou-me, senti um arrepio, e mergulhei na água. Abri os olhos debaixo da mesma, e consegui ver o tecto, visto que a espuma se dissipara. Pouco a pouco, fui perdendo a energia, os meus olhos a pestanejar muito, muito devagar... E então senti uma mão a pegar-me no braço e a puxar-me para cima.


Wearing this (Click)
Eden Von Helling
Eden Von Helling
Somewhere, somehow.
*-*
ESPS

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Mensagem por Emily Von Helling Seg 19 Ago - 0:34:39


No one ever said it would be so hard,

Wearing: this;  With: Eden e Rosa (npc); Where: Lar doce lar;


O trânsito da Oitava Avenida estava caótico e irritante demais. Os gigantescos arranha-céus se postavam calmos e imponentes diante de toda aquela agitação. Mas não me atentei muito aos pequenos detalhes do trajeto, pois necessitava voltar logo para casa. Minha manhã não havia sido das melhores, apesar de tudo de bom que aconteceu comigo, conhecer novos amigos e saber da volta de Alexia ao país, ainda não tinha recebido notícia alguma de Eden. Já pensava em procurá-la em algum hospital ou mesmo no necrotério, já que ninguém tinha noticias dela.

Suspirei e liguei baixinho o som do carro, tentei não me importar com o engarrafamento e todo o tumulto que era o trânsito de New York e a minha mente naquele momento. Assim que o fluxo melhorou, acelerei para rapidamente chegar ao meu destino, quando avistei o prédio torci fielmente para que minha irmã já estivesse em casa. Apesar de toda a banca de durona e auto-suficiente que Eden transmitia a todos, eu sabia que no fundo ela era apenas uma adolescente incompreendida e revoltada com a vida. Por partes eu a entendia, não era fácil 'crescer' longe de nossos pais e ainda mais separadas de Alexia.

Adentrei o estacionamento do prédio e coloquei o carro em sua devida vaga. Desliguei o mesmo e respirei fundo, apoiei as mãos sobre o volante e pousei a cabeça nelas por alguns instantes. Fechei os olhos e fiz um pedido do fundo do meu coração, “Que Eden esteja bem e que eu a encontre logo”. Ouvi o telefone vibrar no banco do passageiro e não reconheci o número do destinatário, mas simplesmente o peguei junto à bolsa e sai do carro, caminhando a passos apressados até o elevador.  Logo já estava à porta do apartamento e estranhei o movimento em seu interior.

Abri lentamente a porta principal e coloquei minha bolsa em um lugar qualquer. Nenhum barulho aparentemente diferente dos habituais chegava aos meus ouvidos. Andei silenciosamente pela casa e chamei pelo nome de Eden uma ou duas vezes e nada. Suspirei novamente e caminhei até meu quarto, mas antes de adentrar ao mesmo, no corredor, ouvi um barulho de água corrente que vinha do quarto da minha irmã mais nova. Bati em sua porta e não obtive uma resposta, tentei então empurrar a maçaneta e novamente não tive sucesso.

Uma onda de desespero me tomou e senti meu coração acelerar, ela não costumava trancar a porta, sabíamos muito bem o porquê. Às vezes, em meio a suas crises, ela tentava o suicídio .. só então percebi o que se passava e forcei ainda mais a fechadura. Comecei a gritar seu nome a plenos pulmões e temendo que algo de pior houvesse ocorrido, peguei um objeto pesado para usar contra a porta. Ser pequena e ‘frágil’ não estava ajudando muito naquela situação.

Enquanto berrava pelo nome da minha irmã, uma das empregadas apareceu. Parecia tão afoita e desnorteada quanto eu. — Rosa, me ajuda! Como eu faço para abrir essa porta? — Eu gritava e olhava da porta para a serviçal, na esperança de que ela me ajudasse de alguma forma. — A chave reserva, vou buscá-la! — Ela rapidamente desapareceu da minha frente e peguei o celular, discando o numero de emergência. Não me interessava muito o que acontecesse se soubessem que uma das filhas dos importantíssimos diplomatas Von Helling estava internada por overdose ou algo do gênero, eu só queria salvar a minha irmã.

Uma ambulância seguia em direção ao nosso apartamento e o meu desespero somente aumentava a cada segundo que Rosa não aparecia. Quando avistei a empregada afobada e sua tentativa de ajuda, percebi o quão grave era a situação. Assim que a porta foi aberta, eu e Rosa adentramos o cômodo onde minha irmã passava boa parte de seu tempo e o encontramos vazio. Mas as roupas espalhadas, o barulho de água e toda a confusão recente me fez deduzir onde ela poderia estar. Quando entrei em seu banheiro, parecia ter sido tele transportada a outra dimensão, seu banheiro e quarto não pareciam pertencer a mesma pessoa.

Quando vi seu corpo submerso na água gritei o mais alto que pude e corri em sua direção, temia que não houvesse mais tempo para o resgate da inconsequente da minha irmã. Puxei seu corpo despido e já sentia as lagrimas descerem por meu rosto, o desespero era o único sentimento que se fazia presente e me preenchia naquele momento. — Eden, fala comigo, por favor! — Rosa me ajudara a tirar ela da banheira e já a enrolava em seu roupão. Seu corpo estava mais gelado que o normal e ela parecia tão fraca, em todos os sentidos da palavra.

A ajuda já está a caminho, vai ficar tudo bem, eu estou aqui! — Sussurrava a ela e juntamente com a empregada, a arrastei até a cama. Sentamos-nos e eu segurava seu rosto, repetindo inúmeras vezes que jamais a abandonaria novamente. Eu queria tanto dizer que Alexia estava voltando, mesmo que escondida, e que novamente estaríamos unidas, mas eu não conseguia. A abracei mais forte e não conseguia conter minhas lagrimas, me sentia tão inútil nessas situações. Pedi e quis, pela primeira vez em muito tempo, que meus pais estivessem ali, eles eram melhores que eu nisso, e saberiam como resolver. Eu não aguentava mais isso, infelizmente.

Credits to Rapture

Emily Von Helling
Emily Von Helling
NYC
hello darkness
ESPS

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Mensagem por Eden Von Helling Ter 20 Ago - 8:56:08

I'm back to hell
In other words, my life.

Senti o meu corpo a ser transportado para fora da água. Não parecia ser o mesmo o corpo que eu há tantos anos me via presa dentro, mas sim outro, bem distante, e do qual eu não tinha controlo nenhum. Não estava a dormir, não estava acordada. Não estava morta, não estava viva. Sentia-me nostálgica, vozes dirigiam-se a mim muito longe, mas eu sou via uma névoa esbranquiçada em frente aos meus olhos. Será que era assim a morte? Afastar-nos, gradualmente, de tudo e de todos? Sabia bem. Um sorriso interior iluminou-me, pensando que seria desta que abandonaria a minha vida de terror. Calor percorreu-me o corpo distante, como se me tivessem tentado aquecer. Eu estava fria, tão fria, mas ao mesmo tempo quente. Nada fazia sentido. Estava morta ou ainda não?

Senti-me a flutuar e a aterrar numa superfície confortável. Aos poucos, a minha noção de realidade ia aumentando. O esbranquiçado desfocado de outrora parecia estar a tornar-se em algo mais nítido. O tecto. O tecto que existia mesmo. O tecto real. O tecto que apenas pessoas vivas viam. Uma tristeza e frustração profundas atingiram-me como uma lâmina afiada. Eu falhara no suicídio, fora apenas mais uma tentativa mal sucedida... Quando me senti próxima o suficiente da realidade, controlei a minha cabeça e olhei em volta. Se não era o paraíso, estava lá perto. Era o rosto de Emily, que se contorcia em caretas para evitar um choro intenso. Os cantos da sua boca elevaram-se ao ver-me voltar à realidade. Porém, tudo permanecia ainda meio fosco e sem sentido. Virei a cabeça para o outro lado, enquanto pestanejava de forma lenta e ensonada. Uma pessoa que não reconheci à primeira vista afastou-se rapidamente, quando se ouviu um som que me pareceu nalguma outra realidade paralela. Apesar de o meu raciocínio estar completamente toldado, a familiaridade da campainha não deixou de ser reconhecida pelo que restava de mim. Pouco tempo depois, um grupo de homens vestidos de branco e apressados aproximava-se de mim. Só senti que Emily me estivera a acariciar a testa durante todo este tempo, quando deixou de o fazer. Quis estender a mão, para ela entrelaçar os seus dedos nos meus, mas aquelas figuras brancas e irritantemente rudes afastaram todos à minha volta. Uma luz iluminou a minha pupila direita, passando depois para a esquerda. Seguiu-se qualquer comentário que eu não percebi. Mãos colocaram-se no meu peito e fizeram pressão metódica e equilibrada. Fui virada de lado e rapidamente comecei a cuspir água. Imensa água.

Abri muito os olhos, repentinamente. Já não estavam semicerrados e nostálgicos, agora viam tudo claramente. Respirava com muito mais facilidade e de uma forma controlada. O som subiu progressivamente, até escutar os ruídos de pânico, receio, tristeza e preocupação que se espalhavam pelo que identifiquei ser o meu quarto. Lancei os braços ao ar, para enxotar todos em meu redor, e sentei-me. Emily irrompeu pelos paramédicos e abraçou-me. Deixei-me ser abraçada, enquanto permanecia com o tronco a fazer um ângulo de noventa graus com as pernas, completamente estática. Depois de me ter envolvido nos seus braços por uma boa quantidade de tempo, foi afastada pelo paramédicos. Eles pegaram em mim com cuidado e pousaram-me numa maca. Esperneei-me, gritei que estava bem. Eu agora recuperara a total noção da realidade, mas os médicos pareciam teimar em perceber isso. Sempre na maca, fui transportada para fora do apartamento. Acima de mim, o céu. A meu lado, homens apressados com uma identificação do seu nome seguida de "Walton Hospital- Queens". A maca subiu ligeiramente e encontrei-me dentro de uma ambulância. Emily segurou na minha mão, enquanto os médicos me sentavam, espetavam agulhas, mediam pressões e níveis, verificavam tudo o possível e imaginável... E a sirene soava, do lado de fora do veículo onde era transportada velozmente. Finalmente, os médicos afastaram-se um pouco, embora mantivessem o olhar sempre posto em mim. Fixei os pés, que se mexiam nervosamente. A minha expressão era apática, e estava com uma coragem nula para olhar Emily nos olhos. Eu prometera-lhe que jamais me tentaria suicidar ou consumiria droga... E agora isto acontecera. Voltei a desiludir quem gosta de mim. Que novidade. A viagem foi infernalmente longa, e o meu único entretenimento era contorcer os pés entre si, ser tocada por médicos pontualmente ou tentar evitar pensar. Felizmente, não precisei de inventar mais alternativas para me entreter, pois a altura de chegar marcou a sua presença. Voltaram a deitar-me na maca e a porta da ambulância abriu-se. No exterior da mesma, esperavam-me ainda mais médicos a gritar direções e a mexer em mim. Era mesmo do que eu precisava...

Continua aqui.

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