Auditório

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Aguardou a resposta do outro de forma ansiosa pelo simples fato de seu subconsciente começar a lhe acusar em seus pensamentos. Havia sido insensível? Talvez o garoto esperasse por outra resposta. Oh, não! Porque sempre tinha que errar na hora da resposta? Mesmo que o jovem universitário tenha pedido sua opinião sincera poderia ter sido mais suave na hora de lhe responder e não ter apenas despejado as respostas sem ao menos conseguir olha-lo por mais de dois segundos. Suspirou, abaixando o rosto e os ombros.  

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– Eu tenho razão? – Seus olhos foram em direção à face do outro e, de forma compulsiva, seus lábios se arquearam em um sorriso repleto de alivio. Pelo menos não havia sido cruel em relação a como o outro se sentia. Ele parecia instável. Um garoto triste ou com uma vida que se decorria da forma como o mesmo não desejava. Continuou a analisar o outro, sentindo-se um tanto quanto patética por não conseguir retirar o sorriso dos lábios. Ele parecia animado e isso a animava. – Eu estou certa?! – Juntou as mãos, batendo palmas de forma suave, sem produzir um barulho volumoso, cessando as palmas ao ver o garoto perder sua animação inicial após finalizar sua ultima fala. Ela havia feito algo errado? Não, não. Dessa vez não se levaria pelos pensamentos negativos. Voltou seu olhar para as sapatilhas, sentindo seu rosto se avermelhar novamente amaldiçoando-se mentalmente por tal reação sem motivo ou fundamento.

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Assustou-se de forma contida ao ver o outro se levantar sem aviso prévio e parar a sua frente, ele agora estava decidido e parecia um pouco mais animado. Ótimo, ela gostava de ver as pessoas assim. O sorriso que o rapaz ofereceu-lhe a deixou entusiasmada e a mesma se levantou sem dificuldade alguma ao vê-lo dizer que iria. – Isso mesmo Ale... – Buscou em sua mente o restante do nome do garoto, mas não conseguiu. Uma cena que a deixou constrangida, mas vamos lá! Dessa vez não é necessário se ruborizar, erros como aqueles acontecem certo? Errado, e lá estava Emmanuele a se constranger novamente. Ficou feliz ao ouvir que o outro queria vê-la dançar, mas obteve uma ideia melhor. – Certo, mas há uma condição inegável. – Sorriu, retirando-se do palco e ficando de frente ao universitário, curvando-se um pouco para frente e estendo a destra para ele, não esperando o mesmo a pegá-la, ela mesma o levantou de forma calma. – Você será minha base, em outras palavras, irá me ajudar, não será complicado juro, tudo bem? – Questionou, esperando um sim, mas não se sentiria ofendida se recebesse um não.

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A jovem segurou a mão direita do rapaz com a sua, fazendo o mesmo com a outra e dando dois passos para trás, sorrindo enquanto o olhava. – Não vai demorar, prometo. –Ergueu lentamente sua perna direita para cima, fazendo com a mesma um movimento circular lento e suave qual havia criado durante uma aula de balé aos oito anos, de acordo com sua professora era bonito, mas simples. O que há de mal em ser simples? Ouviu o barulho de seu celular ecoar ‘’ Hey Jude ‘’ de sua admirada e clássica banda, The Beatles. – Perdão. – Voltou a pousar a perna no chão, acabando com a distancia entre a mesma e o solo do auditório, pegando sua bolsa e sentando-se para retirar as sapatilhas, abrindo a bolsa sobre o chão e trazendo seu tênis novamente para fora, os colocando e guardando suas sapatilhas na bolsa com uma mão enquanto com a outra retirava seu celular, observando o número de Bart na tela. ''Problemas envolvendo Bea'' sugeriu mentalmente enquanto elevava seu olhar ao de Aleksei.. – Foi um prazer te conhecer, tenho que ir agora. Boa viagem! Sei que vai dar tudo certo.  – O abraçou meio desengonçada por causa da bolsa, acenando para o mesmo e deixando o local.

ENCERRADO.

Vestindo isso.

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