The American Dreams
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Terraço

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Mensagem por Secret Qui 21 Ago - 21:33:27

Terraço


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Mensagem por Aydra Winston Yates Ter 11 Nov - 20:52:52

There arise among human beings people who seem to exude love
Falta pouco agora, mãe. Estamos esperando para os próximos dias. Eu quero normal, não curto imaginar que vão me cortar. — Eu dizia para Elena no telefone. Chama-la de mãe tinha se tornado natural de uns tempos para cá e ela gostava tanto quanto eu de termos esse parentesco mesmo que não fôssemos mesmo mãe e filha de sangue. Estava tudo indo bem. Bem até demais.  — Peça para o Robert me avisar quando estiver na hora, eu quero estar lá! — Ela disse em seu tom protetor, arrancando uma risada gostosa de mim. — Não preciso mais pedir para Robert, tenho certeza que Jeanine vai te ligar quando o milagre acontecer. Parece estar passando tempo demais, mãe, eu quero que ele venha logo! — Reclamei em tom bem humorado, acariciando a barriga com a mão desocupada. Anthony iria nascer a qualquer hora realmente e isso me deixava mais do que ansiosa. Me deixava apreensiva e um tanto nervosa. — Já decidiu o que vai fazer quando ele vier? — O tom de Elena era mais preocupado ainda agora e eu sabia exatamente o que ela estava se referindo: Londres. Eu sentia um aperto no peito a cada segundo que pensava sobre isso. Já tinha pego a carta de dentro da penteadeira diversas vezes e a analisado cuidadosamente, esperando que a decisão viesse do céu. Eu não poderia deixar Baptiste, não agora. As coisas estava indo bem demais, eu seria incapaz de deixa-lo agora. — Não posso pensar nisso agora. Um dia de cada vez. Primeiro eu preciso pensar no meu pequeno, depois preciso saber se Baptiste vai continuar sendo esse ser maravilhoso dos últimos dias. Se ele não me quiser mais... — Interrompi. Engoli em seco, sentindo um aperto desconfortável no peito. Meus olhos marejaram no mesmo instante só de imaginar a rejeição, só de imaginar uma vida sem ele. Eu não... Não consegui terminar a fala, o choro cortou minha garganta e me desabei, odiando-me imediatamente por ter chorado para Elena, mesmo que por telefone. Minha “mãe” não podia atravessar a linha e me confortar, mas ela dizia palavras incríveis para tentar me fazer parar de chorar. Era um choro silencioso com soluços esporádicos, mas as lágrimas caíam com força total. — Oh, minha Ay, não se preocupe com isso. Você não vai ficar sem ele, okay? Tenho certeza que ele mudou, pelo que vem me contado. — Ela tentava me deixar tranquila, mas eu ainda sentia medo. Medo demais das coisas voltarem a ser como um pesadelo onde eu não conseguia gritar nem correr por mais que eu quisesse. — Eu o amo, Elena. Amo tanto que até dói. — Sussurrei, duvidando que Elena pudesse me entender. Mas ela entendia melhor que ninguém. Eu realmente a sentia como mãe. — Eu sei, amorzinho, eu sei. Pense positivo, nada de pensamentos negativos. Vai dar tudo certo. — Assenti me esquecendo que ela não conseguia me ver. — Agora preciso desligar, vou legar Aaron pra passear. — Aaron era meu cachorro que ficou com ela quando me mudei definitivamente para a casa de Baptiste. Eu sentia falta do meu cãozinho, mesmo tempo Bruce – o labrador de Baptiste. Suspirei, me despedindo da minha mãe e desligando o telefone que tinha ganhado do músico dois dias antes. Conversar com Elena sempre me fazia bem, mas agora eu sentia uma pressão gigantesca em meus ombros. Me recusava a pensar que eu teria que me mudar para Inglaterra caso Baptiste não me quisesse mais. O pessoal do intercâmbio tinha me dado um tempo, mas não sei quanto tempo mais eles esperariam. Estavam interessados demais nas minhas notas altas mesmo depois que engravidei. Era difícil pensar, muito difícil.

Estava jogada no sofá da varanda olhando as estrelas contornando a lua cheia, tão bonita e imponente no céu que até causava inveja. Depois de um dia cheio de mais fotos e mais exames, eu estava me sentindo exausta. Ainda assim, precisava do meu... Namorado? É, namorado, comigo. Eu só não sabia onde ele estava no momento. Temi mandar uma mensagem e estragar, sei lá, o sono dele... Sorri só de pensar em como era lindo vê-lo dormir. A única hora que Baptiste tinha uma expressão branda sem cinismo, arrogância ou safadeza. Fechei meus olhos enfim, deitando no sofá da varanda e esticando meus pés sobre o estofado. Talvez eu dormisse assim.
notes: Aydra está vestindo isto, na varanda, sozinha.
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Mensagem por Baptiste R. O'Donnel Ter 11 Nov - 21:51:42

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Já era tarde quando finalmente cheguei em casa e eu estava exausto. A verdade é que quem quer ser músico porque acha que a vida é boa e sem responsabilidades está redondamente enganado. Eu comecei no ramo em busca de vida boa, mas sendo famoso eu trabalhava e ralava 100% mais do que eu gostaria e quando eu chegava em casa estava tão sem energia que quase não me aguentava mais em pé, a diferença era que agora eu não morava mais sozinho e tinha uma namorada para agradar. Quando a minha havia se tornado tão carregada com tantas responsabilidades eu não sabia, mas minha mãe sempre me dizia que uma hora eu teria de crescer. Minha mãe, Robert, Jeanine e o mundo me dizia isso para ser correto... Acho que havia chegado a hora.

A casa estava escura quando eu cheguei então por um momento achei que Aydra já tivesse ido dormir o que era em parte decepcionante. Minha vida não havia sido a única coisa que havia mudado violentamente nos últimos meses, o meu conceito de relacionamento agora era outro também. Eu ainda pensava em sexo, muito, mas na situação em que minha namorada estava eu me forçava a respeitar e ser paciente a esperar. É claro que eu sempre quis e sempre iria querer Aydra, mas naquela noite quando eu cheguei em casa eu senti vontade de abraçá-la e de beijá-la um pouco e não necessariamente o contato físico do sexo. Eu havia virado uma bichona ou então estava enlouquecendo, só podia.

Eu tinha um sorriso no rosto quando escutei os barulhos vindos da varanda. Joguei as chaves do meu JEEP sobre a mesa e me inclinei para a olhar pela janela de vidro para encontrar a silhueta da minha namorada do lado de fora do apartamento. Era inverno e a noite não era das mais quentes, mas ainda assim estava agradável para o clima de Nova Iorque. Ergui uma sobrancelha olhando no relógio. Eram apenas oito horas da noite.

-Eu ia perguntar por que estava acordada ainda, mas é cedo. -Torci o nariz enquanto falava da sala alto o suficiente para ela ouvir. -Daqui a pouco vou estar escutando jazz e indo dormir às seis da tarde. Não gosto dessa minha vida nova.

Falei em tom brincalhão por mais que tivesse um pouco de verdade em minhas palavras. Não era que eu não gostava daquela "vida nova", mas era simplesmente o fato de eu ter mudado tanto em tão pouco tempo que me assustava. Eu havia me tornado fiel, pontual e estava aos poucos aprendendo a cumprir com as minhas funções. Eu havia mudado da água para o vinho e isso era assustador. Aydra ainda me repreendia por tratar mal os meus empregados ou por ser desrespeitoso, machista e esquentado demais, mas eu ainda estava em um processo e eu nunca perderia 100% da minha essência. Roxanne, por exemplo, mesmo eu tendo-a deixado com uma garçonete por um dia quando precisei levar Aydra no hospital, ainda era um amor da minha vida.

Meus olhos caíram sobre a mesinha na sala de estar e encontrei uma pilha de correspondências. Bufei descontente pelo fato de Robert não tê-las recolhido e fiz uma nota mental de gritar com ele pela manhã. Meu empresário estava se tornando gordo e folgado. Folheei alguns dos papeis me perguntando se algum deles era da Raise Record e parei curioso quando encontrei um que era endereçado para Aydra. Olhei para os lados tendo certeza de que estava sozinho e quando vi que sim, li as palavras "Universidade de Harvard" na frente que apenas atiçou mais a minha curiosidade. Não resisti e a abri.

Meus olhos leram a carta e senti meu coração acelerar. Era do reitor da universidade dizendo que a matrícula dela estava aceita e que eles a aguardavam para o início do semestre quando o ano letivo começaria. Por um momento não pode acreditar no que os meus olhos leram e fiquei um tempo parado em choque, fitando o papel. Milhões de coisas passaram por minha mente e nenhuma delas era positiva. Então era assim? Ela achava que podia simplesmente se livrar de tudo depois do tanto que eu havia sacrificado por ela? Podia simplesmente se mudar assim? Senti o ódio tomar conta de mim e tive de cerrar os punhos. Agora eu me lembrava a razão pela qual eu nunca tentava agradar as pessoas: Porque elas nunca me dariam satisfação por ter tentado e sim decepções. Aydra era mais uma que havia simplesmente se aproveitado de mim em um momento em que achou necessário e esse pensamento além de doloroso me irava um monte.

Pensei em ir dormir, em tentar esquecer e simplesmente chutá-la de casa no dia seguinte, mas eu não conseguia. Eu gostava dela demais para mostrar tanta indiferença e isso me irritava mais ainda. Por isso eu apenas trinquei os dentes e cerrei os punhos, amassando o papel em minhas mãos e em passos pesados caminhei até a varanda onde ela se encontrava. Meu peito estava ardendo e eu tentava ao máximo me controlar por mas que eu estivesse sentindo um ódio assustador naquele momento. Eu queria matar alguém.

-Que merda é essa?

Perguntei em total irritação, jogando a carta em cima da mesa. Eu me sentia traído de tal forma que chegava a ser ridículo. Aydra estava planejando me deixar esse tempo e deixou que eu fizesse tudo o que eu fiz por ela, dizer tudo o que eu disse. Aquilo era egoísta e não havia espaço para egoísmo de mais de uma pessoa naquela relação. Eu queria tanto expulsar Aydra naquele momento que eu estava certo de que eu o faria logo, só queria ouvir a sua explicação. Eu estava pouco me fodendo para empresas, para jornais e notícias. Que o mundo viesse gravar aquela cena! Que o mundo pudesse ver a Aydra que ela realmente era.


Notas: Com Aydra etc e tal.



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Mensagem por Aydra Winston Yates Ter 11 Nov - 22:40:31

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Eu estava distraída cantarolando uma canção que tinha ouvido no filme do Tarzan quando morava com os Rutherford e Sam me convenceu a assistir. Disney era um mercado, mas a história do Tarzan chamou minha atenção mais do que qualquer pré-conceito que eu havia criado pela "empresa que vende magia e felicidade". Não sei porque pensar no Tarzan, só que éramos até parecidos. Ele tinha que tomar uma decisão assim como eu. E, assim como ele, eu havia tomado a minha. Independente do que as pessoas fossem dizer, que eu estava ficando louca por deixar uma oportunidade assim se esvair quando tanta gente entrava em filas e mais filas para conseguir um intercâmbio, faziam diversas provas e testes dos mais variados, e eu havia simplesmente sido escolhida, tentada a rejeitar.

Um sorriso bobo se abriu em meus lábios quando ouvi a voz de Baptiste soar há alguma distância de mim. Ergui o tronco, apoiada nos cotovelos no estofado, e olhei para o lado de onde vinha meu som favorito no mundo até o momento. Ele estava em casa! E cedo! O que era um milagre. Por esses e outros motivos eu havia me apaixonado ainda mais pelo homem de cabelos espetados. — Não brigue, está cedo e eu estou exausta demais para brigar. — Brinquei, mantendo o sorriso estampado. Me ajeitei no sofá esperando que Baptiste viesse ao meu encontro, mas ao invés disso ele desapareceu do meu campo de visão por alguns minutos. Julguei que ele estivesse comendo alguma coisa ou subido para o banho, eu não o atrapalharia de qualquer forma, apenas fiquei onde estava, acariciando meu volume. Anthony se mexia eletricamente dentro de mim e era emocionante senti-lo tão grande, tão pesado... Meu bebê, meu pedacinho de gente. Estava esperando sua chegada como uma criança espera ver o Papai Noel no trenó na noite de natal.

Não se passou muito tempo até que eu ouvisse os passos pesados. Ergui o olhar para encontrar Baptiste, o mesmo sorriso bobo de antes nos lábios. O sorriso sumiu quando vi a expressão dele. Os olhos estavam injetados de uma raiva incompreensível, as mãos tremiam segurando um papel qualquer e postura era mais defensiva que nunca. Senti um embrulho no estômago, repentinamente um aperto e a angústia me atingir mais uma vez. Mas o pior não havia chegado ainda. — Que merda é essa? — Baptiste disse com os dentes trincados, sentindo um ódio abusivo do que fosse o conteúdo daquele papel, que a propósito ele quase jogou na minha cara. Me levantei com dificuldade por conta da barriga pesada e tomei a folha das mãos do músico, dando uma bela olhada. Meu coração disparou de imediato, minhas bochechas coraram e eu perdi o chão. O que era aquilo? Olhei das letras para Baptiste, abanando a cabeça em negação. — Eu não aceitei.[/i] — Sussurrei para ele, me referindo à matrícula já feita. Era verdade, eu não tinha aceitado a proposta ainda. Era como um plano B caso eu perdesse minha vida, no caso Baptiste e Anthony. Olhei diretamente os olhos escuros do meu namorado, sentindo uma tristeza ainda maior por encontrar outro sentimento estampado ali. Decepção e rancor. Meu Deus, o que estava acontecendo? Me senti perdida e apavorada. O que dizer? Eu precisava ser sincera e contar tudo, mas as palavras simplesmente sumiram da minha boca. — [b]Baptiste, eu não... — Comecei, me interrompendo por minha voz estar falha. Droga, eu estava tremendo! Eu tinha evitado aquele momento tantas vezes, e agora ele estava ali, acontecendo simplesmente. Balancei a cabeça voluptuosamente inúmeras vezes em negação, jogando o papel de lado. — Eles me ofereceram uma bolsa há cinco meses, me ofereceram um intercâmbio de um ano depois que eu tivesse meu bebê. Me deram um tempo para pensar, mas eu não aceitei... Baptiste, eu juro que não te contei por achar desnecessário. Eu não queria...hm... Não quero peder isso que estamos construindo.— Dei um passo à frente, ignorando meu sentido protetor que me alertava para afastar e fiz mais do que deveria: ergui a mão para tocar o rosto do homem. — Acredita em mim, por favor. Eu não mentiria pra você. Bap, você me conhece. — Tentei me explicar, mas não parecia suficiente. As palavras simplesmente tinham sumido. E o medo se alastrou em mim. Tudo o que eu havia tentado evitar veio à tona da pior forma possível.
notes: Aydra está vestindo isto, na varanda com Baptiste.
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Mensagem por Baptiste R. O'Donnel Ter 11 Nov - 23:00:48

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Eu queria escutá-la, mas não dava. Aydra pareceu surpresa quando eu apareci com a carta e só o fato de eu perceber que se eu não tivesse descoberto ela não teria me contado os seus planos até o dia de entrar no avião, me deixou mais puto ainda do que eu já estava. Meus punhos estavam cerrados e meus olhos encaravam Aydra de forma tão fria e maldosa que eu praticamente a fuzilava indiretamente. Eu sentia uma decepção e um ódio tão grande que chegava a doer. Eu não conseguia me lembrar quando havia sido a última vez que eu havia sentido algo diferente, mas devia haver muito, muito tempo. Não melhorou nada quando ela começou a mentir pra mim. Ela dizia que não tinha aceitado, que era tudo mentira e isso me fez querer rir. A carta me parecia bem real e o fato de ela não ter aceitável era inviável constando o que eu havia acabado de ler. Os olhos claros da menina me observavam tristes e sinceros, mas só com isso eu pude perceber o quão manipuladora ela era. Aydra não era um anjo, ela era um ser da pior espécie existente.

-Não aceitou? -Soltei uma risada irritada. -Bom, nessa carta em que o reitor da universidade mandou, me parece que você estava questionando bastante a ideia de ir, hein?

Meu tom era impaciente e um tanto elevado. Eu não estava tentando ser cordial e nem demonstrar um pingo de simpatia. Eu estava irritado e decepcionado e eu queria deixar isso mais do que nítido nem que fosse só pelo som da minha voz. Eu queria mostrar que eu não ia ser enganado e manipulado por qualquer uma por mais que ela tenha se dado bem com isso por alguns meses. Eu me sentia idiota. Eu havia aprendido a realmente gostar de Aydra e mais uma vez eu criar qualquer tipo de sentimento me fodeu. Aquele era o mundo dizendo para mim que eu não devia ter mudado um fio de cabelo por ela. Ela simplesmente estava planejando se livrar de mim esse tempo todo! E eu idiota não notei!

Eu senti como um baque quando ela me disse que estava vendo essa viagem há cinco meses. Cinco meses e se não fosse por uma correspondência eu ainda estaria sendo feito de bobo. Levei a mão até a testa arfando indignado e fitei a paisagem de NY pela varanda, tentando ao máximo me controlar para não jogá-la do parapeito. Eu estava com tanta vontade de mandá-la para fora de casa e nunca mais querer ouvir dela...! Nem da merda de filho que ela carregava na barriga e que agora eu cheguei a questionar se era realmente meu ou se era mais algum tipo de manipulação doentia. O pensamento me doeu mais do que deveria.

-Não faça isso! Você não me engana com essas mãozinhas trêmulas e essa cara de vítima. Você não é vítima, Aydra! -Exclamei em tom ainda mais elevado. Eu sentia meus ouvidos apitarem a raiva. -Cinco meses? Cinco meses e eu descobri por meio de uma merda de uma carta?! -Gritei sequer me importando com os vizinhos ou qualquer outra pessoa que pudesse nos ouvir. -Você enlouqueceu?! Achou que ia conseguir me fazer de bobo por quanto tempo?!

Não conseguia mais ficar parado, eu estava elétrico. Passei a dar passos de um lado para o outro da varanda sentindo-me impotente por não fazer nada. Eu queria ligar para Robert e demiti-lo, eu queria bater na cara do Henrick, eu queria quebrar uma cadeira na cabeça do próximo retardado que passasse na rua, mas eu não podia. Não podia porque estava ocupado demais na merda do meu apartamento em busca de satisfação quando nem isso eu deveria ter tentado achar. Deveria ter só a colocado pra fora e pronto! Mas eu havia me tornado fraco o suficiente para não conseguir fazer isso.

-O que construímos? -Soltei uma gargalhada irônica com o que a ouvi dizer. -Aydra, faça-me rir. Como se tivesse passado a qualquer momento de puro fingimento e promoção. E quer saber? Foda-se essa promoção! Eu grito pro mundo inteiro agora que nós somos uma farsa! E eu até digo mais. -Abri um sorriso maldoso, fitando-a com os olhos frios e cheios de ódio. Minha respiração estava descompassada. -Eu me arrependo do dia em que eu te fodi pela primeira vez e quando esse pesadelo todo começou. Eu estou pouco me fodendo pra você ou com qualquer coisa que se ligue a você. Eu tentei me importar, mas aparentemente essa vida não é pra mim. Eu não quero ter a bosta de uma vida em que vou chegar em casa e encontrar esposa e filhos. Eu sou um astro do rock, caralho! Eu quero sexo, festas e fã! E que você vá fazer essa merda de intercâmbio. Vá viver! Não vamos nos enganar mais nessa porra de relacionamento que não é real! Vá ser médica e vá cuidar da sua vida, me deixa viver a minha! Você já fodeu com ela o suficiente.

Eu cuspia as palavras uma a uma sem um pingo de remorso sequer. A maioria delas não era real, mas eu estava passando por um ódio tão grande que tudo o que eu queria fazer naquele momento era ver Aydra sofrer e aproveitar isso. Eu não me sentia mal por gritar com ela ou por falar coisas ruins, eu queria ver qual era a sua reação e queria aproveitar a expressão de dor quando ela atingisse a sua face. Eu queria que Aydra sofresse como eu estava sofrendo. Eu odiava aquilo, eu sempre fugi de relacionamentos com medo de acabar onde eu estava exatamente naquele momento. Maldita hora em que eu havia decidido "tomar jeito na vida". Tudo era muito mais fácil antes.

Aydra ergueu a mão para tocar o meu rosto e indignado empurrei o seu braço para longe de mim com certa força, mas novamente não liguei se havia a machucado ou não. Eu não queria contato físico ou contato algum com ela. Era mais seguro que ficássemos com uma certa distância um do outro ou eu acabaria indo para a cadeia por uma terceira vez.

-Eu achei que conhecia. Mas não conheço.

Cuspi novamente as palavras vendo Bruce adentrar o local e correr até Aydra, pulando no sofá ao seu lado. Bufei observando a cena indignado.




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Mensagem por Aydra Winston Yates Qua 12 Nov - 9:31:32

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Nada do que eu dizia parecia realmente fazer algum efeito. Baptiste tinha aquele tom de voz irritadiço e, pior, magoado. Eu me sentia exatamente como me senti naquela primeira noite em que eu estive naquele apartamento: um lixo. Minha respiração estava acelerada e eu tentava não chorar. Não era hora agora, eu tinha que aguentar... Mas era difícil. Difícil ouvir tudo aquilo que saía dele, difícil fita-lo e encontrar aquela expressão de ódio, rancor, agonia, decepção, mágoa. Mais do que nunca, Baptiste me odiava agora. Meu rosto se transformou em uma careta de dor conforme suas palavras saíam diretamente para me atingir. Não, não era justo comparar minha dor do primeiro dia pra dor de agora. Pelo menos no primeiro dia Baptiste não me conhecia, ele tinha direito de dizer qualquer coisa e não querer me assumir, mas agora depois de tudo o que passou no último mês ele simplesmente parecia ter se esquecido de tudo. O que eu era nunca tinha sido suficiente então, nada do que eu tinha feito ou demonstrado, nenhum dos meus sacrifícios valia pra alguma coisa agora. Ele não acreditava em mim e nunca acreditaria.

As palavras cortavam o ar. Eram como lâminas com diversas agulhas afiadas que encontravam cada pedacinho do meu corpo e deixava um corte profundo. Eu estava muda. Não tinha nada a ser dito, eu só queria que ele parasse de falar, que parasse de jogar todas aquelas estacas contra mim. Estava insuportável e doía como o inferno. Por mais incrível que pudesse parecer, eu desejava o inferno agora simplesmente porque ele parecia muito mais convidativo do que continuar ali. Desejar morrer é muita covardia ou eu tinha suficientes motivos pra fazê-lo? Eu não seria capaz de me matar, obviamente, mas se Baptiste quisesse cometer um assassinato eu poderia deixar uma carta avisando que eu permiti. Ausentaria toda a culpa dele, faria uma última boa ação e talvez assim eu me sentisse menos lixo.

Eu não conseguia sentir meu corpo, a dor que eu sentia interiormente me deixou estupefata e tudo o que consegui sentir foi o estofado sob mim quando minhas pernas cederam pelo empurrão forte demais que recebi quando Baptiste rejeitou meu toque, me jogando contra o sofá, sentada. Eu o via como um borrão e soube que era por estar com os olhos encharcados de lágrimas idiotas e teimosas que corriam sem parar. Um choro silencioso de pura dor. Ele estava magoado e claramente fazia questão de me deixar assim também. E isso que doía mais ainda: ele estava fazendo questão de me machucar. Questão. Eu não poderia fazer nada. Absolutamente nada. Estava impotente diante da situação e eu sabia mais que nunca que a culpa era minha. Se eu não fosse tão covarde a ponto de querer esconder, poderia ter evitado tudo isso. Lembrei vagamente da conversa que tive com Elena minutos antes e abri a boca para falar, para contar, tentar me explicar de alguma forma, dizer ao menos o que estava engasgado. “Baptiste, eu te amo.” Não conseguia. E também duvidava que ele fosse ouvir, ou acreditar.

Enquanto ele falava dos seus arrependimentos e “chutava” as palavras contra mim, não me aguentei e abaixei a cabeça, tampando os ouvidos com as mãos. — Por favor, para. Por favor, por favor... — Eu repetia entre os soluços de um choro constante, balançando a cabeça negativamente diversas vezes. Não queria mais ouvir, não suportava, era demais pra mim. Pior que qualquer pesadelo que um dia eu tive. Baptiste não queria me ouvir, ele simplesmente não queria e isso trouxe mais dor por perceber a realidade dos fatos: ele havia encontrado a desculpa perfeita para me deixar e voltar à sua “boa vida” de boemia. Ergui meus olhos para encara-lo, tentando não demonstrar toda a dor que eu sentia mesmo sendo impossível. Ele ainda estava borrado em minha visão, mas eu conseguia ver perfeitamente seus olhos escuros me matando. — Encontrou a desculpa perfeita, não foi? Você não quer me ouvir, não quer saber o que eu tenho a dizer e tampouco tentar entender. — Comecei, encontrando minha voz mesmo que ainda fosse falha misturada alguns soluços. — Se realmente gostasse de mim se esforçaria um tantinho que fosse, mas não, prefere tapar os olhos e os ouvidos, prefere me magoar a tentar resolver. Mesmo por trás das câmeras você fingiu esse tempo todo, Baptiste, me fez acreditar que você realmente gostava de mim e estava disposto a mudar. Estava fingindo pra poder manter-se na banda, fingindo para Robert, para Jeanine, inclusive pra mim. Eu não menti. Quem mentiu nessa “suposta relação”... — Ergui as mãos e gesticulei as aspas. — ... Foi você. Eu acreditei. Acho justo, afinal, dizer pra todo mundo que somos uma farsa, tanto faz pra você porque a vilã serei eu. Vai continuar com sua banda, sua fama, acordar toda noite com dez mulheres na cama e com dor de cabeça pela ressaca da noite passada. Acordar vazio porque nenhuma delas vai te dar o suficiente, até porque na hora seguinte elas vão estar com outro e você jamais será único, será só mais um assim como elas são pra você. — Engoli em seco e senti raiva misturada ao resto do que eu estava sentindo só de imaginar Baptiste com outra. Que idiota. Sentia ciúme de alguém que pouco se importava comigo. — Mas isso não importa. Nada importa mais. Você conseguiu. — E eu sorri, o sorriso mais triste que um dia eu estampei misturado com uma dor insuportável. Então eu vi Bruce correr ao meu encontro e apossar do meu colo de forma protetora, aproximando seu focinho do meu volume e o observando com curiosidade. Senti mais um corte, mais uma dor por ver o labrador ali tão preocupado comigo. Pior, a dor agora parecia física. Pelo menos os cães não podiam mentir. Acariciei o pelo claro de Bruce, puxando-o para perto e lhe dando um abraço apertado. — Hora de ir, campeão. — Sussurrei baixinho para que só ele ouvisse, misturando meu choro com seus grunhidos. Bruce sentia tanto quanto nós, eu sabia, e ele parecia ciente da situação. Estava mais claro que nunca que eu tinha perdido Baptiste, perdido pra sempre. Explicar não iria adiantar, eu só teria que conviver com a dor que ultrapassava dos limites psicológicos para físico. Sentia fisicamente agora pequenas pontadas na coluna, suficientemente incômodas para me fazer curvar um tanto. Não era hora de ser fraca, eu precisava sair dali.

Minha barriga parecia pesar ainda mais que antes e minhas pernas vacilaram diversas vezes antes que eu conseguisse me colocar de pé. Bruce me escoltava enquanto eu dava passos lentos para fora da varanda e dentro da casa. Aquele espaço nunca pareceu tão longo e a dor só aumentava até que alcancei a porta e me escorei nela. Estava mais difícil que nunca respirar. Repentinamente senti meu ventre se contrair tão dolorosamente que me fez grunhir. Ah, não... não, não, não, não! Agora não. Olhei alarmada para Bruce e ele pareceu retribuir o olhar, latindo tão alto que ardeu meus ouvidos. Baptiste... Não, ele pensaria que era mentira como todas as outras coisas. — Bruce: Hannah! Vai! — Ordenei com a voz cortada, mas em vez de ir em direção às escadas, o labrador correu até Baptiste. Oh, grande merda! — Que droga, Bruce! HANNAH! — Gritei com o fôlego que tinha, sentindo outra contração ridiculamente forte. Tentei andar, movendo um pé pós outro, mas eu estava lerda demais sem ter onde me apoiar. — Pelo amor de Deus, HANNAH EU PRECISO DE VOCÊ! — Juntei mais um tanto de força para gritar, torcendo para que ela estivesse em casa e sem fones de ouvido. Jeanine tinha saído, Robert também. Eu estava ferrada. Segurava minha barriga como se conseguisse tirar a dor dali, mas era impossível, só aumentava. Nervosismo me tomou e o desespero também, não tinha para onde correr. Okay, eu precisava respirar como haviam me ensinado, devagar e diversas vezes seguidas. Apoiei na parede do lado de dentro da casa e tentei andar assim, cada passo parecia cortar minha barriga e minha coluna iria desmontar. Só tinha uma chance. Peguei o telefone e disquei Elena. A cada som de chamada meu coração apertava e a dor aumentava. — Alô? — Alívio por ouvir a voz da mulher do outro lado da linha. — Vai nascer, Elena. AGORA. PUTA MERDA, TÁ DOENDO O CARALHO! Preciso de você aqui, estou sozinha e... AI MERDA! — Respirei fundo. — Agora. — Não ouvi o que ela disse, mas aquilo era suficiente para que minha “mãe” viesse me buscar. Olhei para meu ventre, sussurrando para que ele segurasse só mais um pouquinho... Eu sentia o líquido da bolsa escorrer por entre minhas pernas e me desesperei. Por favor, aguenta.
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Mensagem por Baptiste R. O'Donnel Qua 12 Nov - 11:04:54

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Ela começou a chorar. Aydra tampava os ouvidos em gesto de desespero e seus soluços altos poderiam ser ouvidos pelo mundo que estivesse nos escutando naquele momento. Eu queria isso, não queria? Queria que ela sofresse, que ela se sentisse traída como eu me sentia, eu queria me vingar de tudo o que ela tramou contra mim nos últimos cinco meses apenas com minhas palavras e havia funcionado. Havia funcionado muito bem. Então por que eu me sentia só pior do que eu já estava? Em um mundo comum eu não me deixava abater pelo sentimentalismo alheio, eu geralmente gosto de ver quem merece chorar e gostava de vingança, mas com Aydra não foi assim. Vê-la triste não foi uma satisfação e sim mais um baque na minha cara.

Eu pensei que acabaria ali. Que era a hora perfeita para eu erguer a mão para a porta e expulsá-la de casa sem sequer ouvir mais uma palavra sair da sua boca, mas eu estava errado. Aydra falou. Pra minha surpresa, ela falou e falou muito. Meu coração passou a bater ainda mais forte por conta da adrenalina e meu corpo estava respondendo a espasmos que eu desconhecia. Ela estava me acusando de querer abandoná-la por uma desculpa e talvez no fim fosse isso mesmo. Talvez no fundo eu estivesse apavorado com a nossa situação, mas eu não aguentava a ideia de eu ter desenvolvido sentimentos por ela quando ela planejava deixar tudo pra trás. Só de pensar nisso eu sentia o ódio voltar a queimar em meu peito.

Eu não interrompi Aydra e pela primeira vez na vida eu escutei. Escutei o que ela tinha a dizer e eu não gostei nada das suas palavras. Me acusou de fingimento quando na verdade ela havia feito isso e tentou jogar todas as acusações que eu havia feito a ela contra mim. Só que isso não ia funcionar. Eu conhecia o jogo que ela estava fazendo e ela não faria com que eu acreditasse que eu era o vilão da história quando esse era ela. Eu era a vítima e eu odiava isso. Eu havia dado tudo por uma garota que no fim estava pouco se fodendo para mim. Essa era a grande verdade e fazia com que eu me sentisse estúpido e fraco. Eu sentia falta do velho Baptiste.

Aydra começou a falar mais e eu já estava começando a perder a paciência. Ela disse que poderia voltar a vida normal e que eu viveria um futuro vazio e sem esperanças em que eu nunca encontraria alguém para me fazer feliz ou que simplesmente se importasse comigo. Eu não precisava de pena e muito menos de pessoas para se importarem comigo. Eu precisava da minha fama, de dinheiro e o resto viria com o tempo, mas ainda assim ouvir isso sair da boca dela fez com que meu estômago se revirasse. Meu peito queimava de novo e meus punhos estavam cerrados. Eu sentia uma mistura de ódio com indignação pelo fato de ela ter sido petulante o suficiente por ter jogado aquele monólogo imbecil para cima de mim. Eu queria matá-la. Eu até mesmo cheguei a dar um passo para frente só Deus sabendo o que eu pretendia com isso, mas Bruce simplesmente se colocou de pé mostrando-me os dentes e rosnando. Olhei para o cachorro com um enorme desprezo e novamente um baque por ter sido simplesmente trocado. É. Eu definitivamente não precisava de ninguém.

— Mas isso não importa. Nada importa mais. Você conseguiu. Hora de ir, campeão.

E foi aí que eu perdi o chão. O ódio desceu de uma só vez e a depressão me atingiu quando assisti Aydra se levantar com dificuldade e deixar a varanda escoltada por Bruce. Engoli em seco e fitei Nova Iorque diante de mim. Eu me odiava por sentir, mas ver Aydra sair era como se ela tivesse levado um pedaço meu com ela. Eu me sentia vazio e me sentia péssimo, era como se meu mundo tivesse virado de cabeça para baixo porque agora eu sabia que não tinha mais volta. Eu tinha me livrado dela, mas... Não era isso o que eu queria?

Apoiei-me contra o parapeito da varanda e apoiei a cabeça nos braços, fitando o chão tão longe dos meus pés. Me lembrei do dia em que havia passado com Aydra, como nós havíamos dado risada e como eu havia ficado quando a levei para o hospital deixando até mesmo Roxanne para trás. Me lembrei da forma com que eu dormi com ela, simplesmente dormi, sem sexo sem nada, mas como eu me senti bem em abraçá-la e adormecer daquela forma. Aydra fazia a casa mais feliz, mais viva. Me lembrei em como senti a sua falta quando ela havia passado um fim de semana fora e agora ela havia ido para nunca mais voltar. Eu me sentia uma merda, eu me sentia terrível, uma dor pior do que qualquer outra dor física. Mas eu nunca correria atrás, eu nunca admitira isso e levaria aquela amargura comigo para o resto da minha existência.

Eu estava tão afundado em meus pensamentos e lamentos que sequer notei quando Bruce apareceu. Meus olhos caíram no labrador e de início eu me perguntei o que ele ainda fazia em casa, mas quando ele começou a pular e a latir eu tive a cabeça trazida de volta ao mundo. Foi quando eu escutei Aydra gritar. O desespero subiu em mim e disparei a correr em direção a porta da varanda, encontrando a menina se curvando no meio da sala, agoniando de dor que demorei para perceber que era por conta da sua barriga. Por um momento eu tive medo de ela estar machucada, mas quando ouvi sua conversa no telefone com a mãe, percebi que era algo ainda maior. Eu quase congelei por muito pouco.

— Vai nascer, Elena.

-Não, não, não, não!

Exclamei desesperado enquanto corria em direção a Aydra e tomava o telefone das suas mãos, encontrando uma Elena desesperada do outro lado da linha. Eu não a conhecia, nunca havia tido a chance e tampouco havia falado com ela. Aydra sempre quis me apresentar a sua mãe de consideração e eu desde um tempinho estava considerando a ideia. Eu só não esperava que fosse ser daquela forma.

-Elena, eu vou levar Aydra para o hospital. Vamos estar lá, não desvie o seu caminho pra cá.

Meus olhos caíram em Aydra bem no momento em que sua bolsa estourou e isso bastou para eu desligar o telefone. Bruce latia desesperado ao nosso lado e isso só servia para me deixar mais elétrico. Puxei Aydra para o meu colo e agarrei as chaves do JEEP disparando em direção a garagem, deixando o cachorro dentro de casa com certa dificuldade. Arfei.

-Nós já voltamos, amigão.

O tempo parecia passar mais de vagar e eu sentia mais desespero ao escutar os grito da menina em meu colo. Abri as portas do banco de trás do JEEP e a coloquei ali deitada, segurando a sua mão por um segundo. Eu estava tão desesperado que todo o episódio anterior havia se esvaído da minha mente. Meus olhos fitaram o rosto de Aydra enquanto eu apressadamente tentava lhe acalmar.

-Respire direito, estamos indo pro hospital... Vai ficar tudo bem.

Garanti por mais que eu estivesse igualmente assustado. Corri para o banco da frente e rezei silenciosamente para que nosso filho não nascesse dentro do meu JEEP preto, seria desconfortável e faria um estrago no estofado. Meu pé pressionou o acelerador e logo o carro voou pelo asfalto, levando-nos às avenidas de NY. Eu diria rápido como se minha vida dependesse disso e os gritos de Aydra estavam começando a me deixar mais nervoso ainda. Vê-la sofrer daquela forma era como se a dor estivesse em mim também e eu odiava. Minhas mãos estavam trêmulas, mas a adrenalina era alta e não permitia que eu pensasse duas vezes antes de sair costurando carros pela avenida cheia.

-Hannah, ele tá nascendo! -Exclamei quando minha irmã finalmente atendeu o celular. -Ligue para o Robert, estou levando Aydra para o hospital. Cale a boca e faça alguma coisa logo!

Exclamei finalmente vendo o prédio do hospital não muito longe de nós. Arfei novamente.

-Segure aí, Aydra. Estamos chegando.

ENCERRADO
Obs: Continua aqui



Notas: Com Aydra etc e tal.



Baptiste R. O'Donnel
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